sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Duas vidas da tampinha

Edição 220 - Junho de 2014
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© EDUARDO CESAR
Clever Caps na garrafa de água mineral...
Clever Caps na garrafa de água mineral…
Uma tampinha de garrafa que se encaixa a outra e é compatível com blocos de montar como Lego e Mega Block. Assim são descritas as Clever Caps, novidade dodesign brasileiro apresentada em abril durante a 14ª Conferência da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), em São Paulo. O produto, desenvolvido pela Clever Pack, foi apresentado em garrafas de água mineral da Petrópolis Paulista, que chegam ao mercado em junho. “A proposta é que as tampas ganhem uma nova vida”, diz Cláudio Patrick Vollers, um dos idealizadores do produto e sócio da Bauen Plásticos, empresa parceira da Clever Pack no projeto. A ideia era fazer com que pelo menos parte da embalagem plástica, no caso a tampa, não tivesse como destino o lixo nem a reciclagem. “Dar uma nova utilidade para as tampinhas faz com que elas não sejam descartadas”, explica Henry Suzuki, consultor na área de propriedade intelectual e coinventor das tampinhas. Ele descobriu que existiam mais de 30 projetos semelhantes depositados em bancos de patentes pelo mundo, mas nenhum era compatível com os blocos de montar.
© EDUARDO CESAR
... e na formação de estruturas para brinquedos ou artesanato
… e na formação de estruturas para brinquedos ou artesanato
Depois de verificar que as patentes do Lego já haviam expirado, Suzuki abriu as portas para que a Clever Pack criasse a primeira tampinha de garrafa compatível com o brinquedo. No total, foram registradas sete patentes no Brasil. Em menos de três anos, as tampinhas venceram importantes premiações internacionais, entre elas o IF Design Awards, na Alemanha. O projeto, que teve um investimento de R$ 2 milhões, também foi um dos 76 selecionados para concorrer em uma votação popular do Museu de Design de Londres. “A indústria brasileira precisa abrir-se mais para o design, que ainda é visto por muitos empresários como algo superficial”, diz Vollers.
Fonte: Revista FAPESP

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