sábado, 18 de outubro de 2014

JULGAMENTO OU CAÇA ÀS BRUXAS?!

Por Dixon G. Afonso (Conselheiro Federal Licenciado)

O dia 17 de outubro de 2014 será um marco na história do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – CONFEA, o dia em que devemos esquecer os princípios que regem a verdadeira democracia: legalidade, impessoalidade e moralidade.

O plenário do Confea conseguiu em poucas horas destruir o sonho de alguns abnegados profissionais de contribuir para o debate ou o exercício do sistema profissional.

Mesmo com defesas consistentes encaminhadas previamente para o Confea, além da defesa oral em plenário, muitos candidatos viram e ouviram como a Democracia é uma força de arranjos onde os que tem mais a oferecer prevalecem sobre os que denotam a vontade e o profissionalismo.

A Comissão Eleitoral Federal se tornou uma benfeitoria de tratamentos diferenciados. Alguns candidatos são julgados com lente de aumento, enquanto outros a miopia se torna patente.
No meu caso fui cassado de ofício, pela CEF, quando não teve nenhuma impetração do meu adversário. Tudo bem, isso é direito constante no regramento. Porém, porque somente no meu caso (considerando o Acre) isso aconteceu, pois candidatos adversários também incorreram em atos duvidosos.

Recentemente, escrevi um artigo sobre “a hipocrisia e os hipócritas”, e era dirigido a impugnantes (pelo jeito não entenderam o que falei, ou não leram, tudo bem), me jogue uma bomba qual o candidato que informalmente não faz campanha antecipada? E se, hoje se CASSA (ou CAÇA) um candidato por postar seu registro de candidatura no FACEBOOK, que não é previsto nos impedimentos eleitorais, conforme a Res. 1021, do Confea, então todos os atos que antecedem o registro ou prazo final de registro devem ser motivo de punição. Bom, meus amigos, no primeiro semestre de 2014, portanto bem antes do prazo eleitoral, vários candidatos fizeram caravanas no interior do Estado com o pretexto de levar as “boas novas” do Sistema, francamente, podem pensar o que quiserem, mas os profissionais da área tecnológica, até pela sua formação, são mentes esclarecidas.

Nos arrazoados apresentados em Plenária, um candidato aparece com a ficha mais suja que “pau de galinheiro”, mas isso é relevado no julgamento pelos “imparciais” conselheiros. Enquanto isso, atos não previstos nos regramentos, são punidos severamente.

Em outro caso análogo ao meu, o candidato foi favorecido. Dois pesos, duas medidas?!
Já ouvi várias vezes os “togados” do Sistema falarem que são pela LEGALIDADE em seus julgamentos. A qual legalidade se referem? A da subserviência da indicação?

Não sou o dono da razão, posso estar enganado no que comento, mas, há um ano e meio atrás falei em reunião de Conselheiros do Confea que o Sistema estava implodindo, devido a busca da imponência e reserva de mercado de algumas modalidades, além da intolerância. E essas atitudes de ultimamente não contribuem para a elevação da qualidade do debate entre os profissionais, pelo contrário, gera insatisfação entre as modalidades.


O que aprendi nessa lição é: FACEBOOK não é pra amigos, são pra bisbilhoteiros que te espionam para saber como te ferrar (salvo raras exceções, é claro). Portanto, farei uma faxina nesses "amigos"! 

domingo, 12 de outubro de 2014

Eleições do Sistema Confea/Crea/Mútua no Acre: A Hipocrisia e os Hipócritas



Eleições do Sistema Confea/Crea/Mútua no Acre: A Hipocrisia e os Hipócritas 
Por Dixon G. Afonso

Segundo definição da palavra, Hipocrisia é: Uma pessoa que difama e critica uma outra por praticar um ato "errado" mas que ela própria também pratica, não abertamente.
Este fingimento seria o sinônimo mais qualificado para definir este ano atípico de eleições gerais e proporcionais no Sistema Confea/Crea/Mútua.
E estas qualidades, se assim podemos chamar, se traduzem de uma forma arbitrária, sustentada pelo poder da caneta, em detrimento da razão e do bom senso.
Os candidatos a qualquer cargo eletivo sugerem ao seu eleitorado que a verdadeira DEMOCRACIA é aquela onde se deposita o destino de um grupo ou sociedade na mão dos próprios beneficiários. Porém, recentemente na eleição para a Diretoria do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Acre – SENGE/AC, a busca pela alternância de poder inflamou os sentidos democráticos, suscitando a imoralidade e desonestidade de profissionais que antes eram vistos como líderes de uma classe desprivilegiada.
Qual o sentimento que move as pessoas a quererem a ruptura ao invés da união¿ se os interesses são os mesmos¿
A engenharia acreana tem se notabilizado no Brasil por sua unidade e combatividade na luta pela garantia de condições melhores do exercício e valorização profissional, sob a alcunha de Engenharia Unida!
Este projeto agora está fadado a falência, pelo vislumbre de ser poder pelo poder de alguns. Novamente os interesses individuais e mesquinhos se fortalecem, e tentam impedir que os profissionais decidam quem é mais qualificado para gerir ou impulsionar as mudanças dos órgãos de representação dos profissionais da Engenharia Acreana.
A tentativa de cassação de candidaturas é uma forma de demonstrar ser incapaz de aceitar a derrota, tratar com isenção e de merecer o respeito dos profissionais eleitores.
Os profissionais almejam um Sistema que atendam as suas necessidades de VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL através de ações que não visem somente a partilha de resultados financeiros, mas sim atitudes de asserção e compromisso com as causas que dignifiquem os profissionais, participando ativamente no dia a dia da sociedade, contribuindo para a qualidade de vida destes.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Duas vidas da tampinha

Edição 220 - Junho de 2014
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© EDUARDO CESAR
Clever Caps na garrafa de água mineral...
Clever Caps na garrafa de água mineral…
Uma tampinha de garrafa que se encaixa a outra e é compatível com blocos de montar como Lego e Mega Block. Assim são descritas as Clever Caps, novidade dodesign brasileiro apresentada em abril durante a 14ª Conferência da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), em São Paulo. O produto, desenvolvido pela Clever Pack, foi apresentado em garrafas de água mineral da Petrópolis Paulista, que chegam ao mercado em junho. “A proposta é que as tampas ganhem uma nova vida”, diz Cláudio Patrick Vollers, um dos idealizadores do produto e sócio da Bauen Plásticos, empresa parceira da Clever Pack no projeto. A ideia era fazer com que pelo menos parte da embalagem plástica, no caso a tampa, não tivesse como destino o lixo nem a reciclagem. “Dar uma nova utilidade para as tampinhas faz com que elas não sejam descartadas”, explica Henry Suzuki, consultor na área de propriedade intelectual e coinventor das tampinhas. Ele descobriu que existiam mais de 30 projetos semelhantes depositados em bancos de patentes pelo mundo, mas nenhum era compatível com os blocos de montar.
© EDUARDO CESAR
... e na formação de estruturas para brinquedos ou artesanato
… e na formação de estruturas para brinquedos ou artesanato
Depois de verificar que as patentes do Lego já haviam expirado, Suzuki abriu as portas para que a Clever Pack criasse a primeira tampinha de garrafa compatível com o brinquedo. No total, foram registradas sete patentes no Brasil. Em menos de três anos, as tampinhas venceram importantes premiações internacionais, entre elas o IF Design Awards, na Alemanha. O projeto, que teve um investimento de R$ 2 milhões, também foi um dos 76 selecionados para concorrer em uma votação popular do Museu de Design de Londres. “A indústria brasileira precisa abrir-se mais para o design, que ainda é visto por muitos empresários como algo superficial”, diz Vollers.
Fonte: Revista FAPESP